Quando se trata de aprimorar a gestão e dinamizar resultados de negócio, existem diversos movimentos que podem fazer a diferença.

Um dos mais significativos é a adoção de metodologias e tecnologias que permitam a tomada de decisão baseada em dados. Aqui entram conceitos como Inteligência Artificial, Machine Learning e o que tudo isso representa na própria cultura organizacional.

Decisões que têm como base os dados são mais assertivas, seguras, focadas e verificáveis. São mais conectadas com objetivos específicos e com a realidade – e por isso mesmo têm grande potencial transformador na estratégia, nas rotinas e no desempenho das organizações, apoiando gestores e decisores.

Vamos entender melhor por que e como isso acontece?

Por que “perguntar aos dados”

Existem várias formas de levantar informações que podem ser valiosas para a tomada de decisão. Dentre elas, os dados são a mais segura – não é à toa que hoje eles representam um dos ativos mais importantes de qualquer empresa. São um patrimônio valioso de informação que pode ser convertida em conhecimento e aplicada estrategicamente.

Pense por exemplo em uma métrica como “satisfação do cliente” – e no processo de obter essa métrica a partir, por exemplo, de perguntas feitas aos clientes.

A questão aqui é que existem vários riscos no processo: as perguntas podem ser mal formuladas; pode não ser uma boa hora para que o cliente responda; ou ele pode se recordar apenas de uma última experiência ruim, a despeito de várias outras positivas. Pode ainda haver dificuldade para catalogar respostas… enfim, estamos falando de uma possível “contaminação” das avaliações e das informações obtidas por diversos fatores.

Por outro lado, quando buscamos compreender um determinado cenário ou aspecto do negócio a partir de dados, temos:

  • o suporte dos fatos: aquilo que realmente aconteceu
  • a possibilidade de verificar históricos relacionados aos serviços prestados ou produtos comercializados
  • informações comparativas – entre clientes, entre diferentes períodos
  • um material de base seguro e confiável, não sujeito a percepções momentâneas ou fragilizado por circunstâncias

Dessa forma, além de um nível maior de profundidade, temos resultados que não são afetados por fatores como a disposição para participar da pesquisa, ou um momento específico de crise na relação do cliente com a marca – fatores esses que podem criar desvios de análise que geram percepções incorretas e impactam negativamente nas decisões que serão tomadas a partir dessas análises.

Visão ampla e aprofundada: base segura para a estratégia

A análise objetiva de dados, suportada por ferramentas de analytics que permitem cruzamentos, comparações e contextualizações, possibilita identificar cenários mais completos, mais concretos, mais realistas e mais conectados com as perguntas de negócios. E justamente por isso, viabilizam decisões mais abrangentes e efetivas.

Por exemplo: no caso dos índices de satisfação, além de verificar o nível de satisfação em si, a análise de dados pode também identificar com mais precisão os elementos que impactam nele – onde a empresa falhou ou acertou – e o mais importante: que caminhos pode tomar para reverter quadros de insatisfação, ou para elevar os índices positivos.

É isso mesmo: as análises baseadas em dados podem indicar o que é possível fazer para melhorar resultados – nos mais diversos aspectos do negócio

Isso porque análises baseadas em dados vão muito além de descrever cenários. Elas são enriquecidas por informações confiáveis que podem apoiar os decisores de diversas formas:

  • no entendimento mais aprofundado dos clientes, seus hábitos e seus comportamentos
  • no desenvolvimento de ofertas mais adequadas que resultam em mais e melhores vendas
  • na compreensão do impacto de fatores específicos nos resultados de negócios – perfis de clientes, sazonalidades, geografia, fatores ambientais…
  • na visão preditiva – o que provavelmente vai acontecer – com embasamento histórico e cenários comparativos
  • com visões prescritivas – traçando recomendações, a partir dessa visão preditiva de possíveis cenários futuros
  • na continuidade da estratégia, com a revisão periódica das medidas tomadas e melhorias implementadas e do impacto que exerceram, a fim de verificar sua real efetividade ao longo do tempo

Incorporando a Inteligência Artificial no dia a dia dos tomadores de decisão

Incorporar um sistema de inteligência artificial em uma rotina de trabalho de tomadores de decisão pode, sim, ser um grande desafio.

O fato é que muitas companhias não tomam decisões baseadas em dados – então, falamos aqui da adoção não apenas de uma ferramenta, mas de uma nova cultura – e de tudo o que é preciso considerar para o sucesso dessa iniciativa.

Isso porque a evolução de uma empresa como uma organização data driven afeta diversos aspectos das suas rotinas. É uma nova forma de operar decisões, em que:

  • além de produzir dados, eles passam a ser aplicados em análises constantes
  • os resultados dessas análises em si precisam ser também constantemente interpretados e contextualizados
  • essa interpretação abre novas possibilidades antes fora do radar para a tomada de decisões
  • as decisões tomadas com base em dados serão traduzidas em ações que precisam ser implementadas, para reverter ou prevenir problemas
  • é necessário também incluir no fluxo de trabalho a medição da efetividade dessas decisões (se isso não é feito, é quase o mesmo que se nada tivesse acontecido)

Evolução constante e mudança cultural

Importante ainda manter em mente que a tomada de decisão baseada em dados é um processo em constante evolução. Uma vez definidos e implantados os modelos de análise, eles começam a operar – e com o tempo, sua performance se aprimora e os resultados ficam cada vez mais refinados. Para obter o melhor do modelo, é preciso usar o modelo: os processos de aprendizagem de máquina são alimentados por dados, com o histórico. Os resultados devem ser ajustados, calibrados – e a forma de calibrar é na medida em que se executa. 

Ou seja, não se trata de uma melhora imediata, mas sim de um processo que gradualmente se enriquece, à medida em que são feitas análises e leituras e tomadas decisões baseadas no que o modelo propõe. 

Além disso, outros desafios inerentes à implantação de algo novo na rotina de trabalho podem surgir – como a adaptação dos times a novos processos e mesmo sentimentos de insegurança dos profissionais que antes concentravam a tomada de decisão apenas em suas visões próprias.

Por isso, nunca é demais ressaltar – trata-se de um tema de mudança cultural, antes mesmo de ser uma mudança de tecnologia ou técnica. Implantar uma ferramenta apenas não vai ser suficiente, se não for implementada também uma cultura de análise de dados, ou quando eles não são analisados da maneira correta, ou quando não se dá o devido tempo para o amadurecimento do modelo, ou quando todo esse mundo novo não se conecta aos objetivos do negócio e ao dia a dia das pessoas.

Para saber mais sobre como acelerar resultados com a tomada de decisão baseada em dados, fale com a Tatic! E acompanhe sempre os novos artigos do nosso blog, com muita informação estratégica para o seu negócio.